“Para que o mal triunfe, basta que os bons fiquem de braços cruzados” – Edmund Burke.

MANIFESTO DO MOVIMENTO ENDIREITA BRASIL - SUL

“Para que o mal triunfe basta que os bons fiquem de braços cruzados” – Edmund Burke.


A indignação, com relação aos rumos do nosso Brasil político, que hoje toma conta dos corações das pessoas de bem precisa tomar corpo e brotar para o mundo real. Não adianta seguirmos esbravejando, gritando e condenando tudo o que acontece no cenário nacional sentado na arquibancada. Já dizia a canção “quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Mesmo tendo sido um chavão da esquerda de outrora essa afirmação serve para toda e qualquer pessoa, grupo ou organização que queira ser o agente de transformação da sua sociedade e se importe com o modelo de vida que servirá como esteio para o futuro dos nossos filhos, netos e bisnetos. Aquela vida lá no futuro depende das ações do presente.

LEITURA HISTÓRICA

Parece a princípio meio contraditório que um manifesto que se pretende conservador inicie falando em “mudança e transformação”. Entretanto a mudança a que nos referimos é do movimento inercial com que a sociedade vem sendo submetida nos nossos tempos.

Por definição física a “Inercia” é a propriedade que os corpos têm de manter o seu estado de movimento. Parado, correndo, acelerado ou desacelerado. E nós estamos assistindo um movimento acelerado de destruição dos nossos valores, princípios e costumes. E isso tem que ser contido.    

Temos assistido de forma sorrateira e constante o avanço de uma agenda progressista que tem como arma a destruição de todo o modelo de sociedade que serviu de base moral, ética e de estilo de vida para nosso antepassado mais recente. E isso não acontece por acaso. Isso nasce de uma fórmula bem pensada lá atrás por Antônio Gramsci. O mago da revolução cultural. Segundo ele, o domínio do socialismo/comunismo não deveria se dar pela força das armas e sim pela impregnação dessa ideologia nos alicerces da cultura de cada povo.

E que é “Cultura”? Cultura vem de cultivo, cuidado, lavra e até mesmo culto. Aquilo que uma sociedade presta culto e respeito (religião, tradições, comportamentos, costumes e princípios éticos/morais). Nenhum povo pode viver de forma civilizada sem que exista uma cultura. Isto é, um conjunto de regras e modelos que disciplinem a convivência pacífica desse grupo.

Existe um movimento mundial chamado de Globalismo que tem a mesma agenda em quase toda parte do planeta terra. Atrás dessa agenda existem os grupos encarregados de implantar uma Nova Ideologia Mundial. Mas, para implantar essa nova ideologia é preciso desconstruir aquelas que dominam a cultura de cada sociedade. E, como destruir é mais fácil que construir, o que não faltam em todos os países são grupos dispostos à empreitada de demolição. De valores, de culturas ou princípios sob os quais as sociedades foram erguidas e organizadas. Aqui no Brasil não é diferente.

ANÁLISE DA CONJUNTURA BRASILEIRA

Tal qual em outros países, principalmente na América Latina atual, no Brasil, vivenciamos a força das máquinas de destruição. Que se escondem nos diversos escaninhos da nossa sociedade. Escolas, universidades, TVs, imprensa, artes e outros tantos. Vivemos um momento onde uma reengenharia está em pleno curso. 

A prova de que essa guerra de destruição de cultura está em marcha é que, o mesmo professor que hoje se arvora em dizer que ele tem sim o direito de ensinar determinada ideologia política ou ideologia de gênero para os jovens, é aquele que apanha nas salas de aula sem poder sequer reagir. Afinal, a nova ordem diz que não se pode suprimir as liberdades de ninguém. Tudo é permitido. Tudo deve ser pacificamente aceito. Tudo o que estiver na agenda desses progressistas. Na melhor definição da democracia fajuta que eles pregam. Democracia é quando tu fazes o que eles querem. Ditadura é quando eles têm que fazer o que nós queremos… 

Nos dias de hoje testemunhamos um processo de doutrinação nas escolas e nas universidades onde não há espaço para discordar da agenda mundial. Os jovens se calam com medo de não serem aceitos ou de serem “cancelados” pelos grupos com quem necessariamente precisam conviver. São vítimas da “Espiral do Silêncio”, onde os poucos gritam muito, fazendo com que a maioria se cale por pensar compor uma “minoria” contrária a opinião vociferada pelo pequeno grupo. Assim, são levados a compor uma bolha que ninguém se atreve a furar. E, nesse abatedor de almas, eles vão ceifando o futuro de meninos e meninas que são privados de formularem os seus conceitos morais e éticos. Conforme a vivência de sua cultura familiar ou religiosa. Tornam-se mortos vivos em forma de zumbis sociais.

A nossa sociedade está sendo privada de refletir, experimentar, conhecer e formular os seus próprios conceitos político, ideológico e ético. A televisão, a mídia e as estruturas de educação/formação não oferecem as condições de um voo solo para a alma dos jovens.

No livro “A educação como processo de libertação (Prof. Teófilo A. Galvão) encontra-se que “a sala de aula não é pista de aterrisagem e sim plataforma de lançamento”. Agora pergunto, onde existe isso? 

Estão destruindo todas as possíveis plataformas de onde poderiam ser lançados os espíritos jovens que podem nos trazer um futuro melhor. As artes, medicina, ciência, tecnologia, criatividade, humanismo ou sociologia dependem desse voo que só pessoas livres podem alçar. E, somente nesses voos mais altos é que se pode enxergar mais à frente do nosso tempo. “Vê mais longe a gaivota que voa mais alto” (Richard Bach- Fernão Capelo Gaivota).

O MODUS OPERANDI

O sistema que atua na guerra cultural e ideológica da nova Ordem Mundial subverte pessoas e sequestra as suas almas de forma que, mesmo que não percebam, são soldados de um mesmo exército.

Para tanto, o sistema tem peculiar estratégia de domínio. Dividir para conquistar. Como na dicção sorrateira e maquiavélica de Luiz Inácio da Silva. Ele, literalmente “ordena” o PT a pagar qualquer preço para atrair os “diferentes” com uma citação de Paulo Freire: “É preciso juntar os diferentes para derrotar os antagônicos”. 

Daí porque esse modus operandi é como uma marca da esquerda. É preciso dividir as pessoas em grupos, em “diferentes”. E, para essa divisão, se estabelecem as bandeiras do “antagonismo”. Mulher contra homem, negro contra branco, gays contra héteros, pobres contra os ricos, trabalhador contra patrão, sem-terra contra proprietários rurais, sem tetos contra a propriedade privada, etc. E, para fortalecer uma “minoria”, para que se torne um grupo cada vez maior (sem deixar de ser chamado de minoria…), todas as táticas são empregadas. Assim passam a existir coisas como LBGTQIA+. E, com isso, eles passam a colocar nossos jovens para dentro da bolha da “fluidez sexual”, do “poliamor”, do “relacionamento aberto”, do “feminismo” ou da mentalidade de revolucionário. Onde o jovem passa a achar que tem o monopólio das virtudes e que está acima dos outros. Que são o bem do mundo. Um mundo onde existe o ódio do bem…

COMO COMBATER ISSO TUDO?

Essas coisas acontecem mais pelo silêncio de muitos diante do ativismo competente de outros. Como já referenciado mais acima. É a “Espiral do Silêncio” de que trata Elizabeth Noelle-Neumann. Onde um grupo maior de pessoas se cala diante dos berros de uns poucos. Isso silencia o grande grupo que passa a achar que eles são uma minoria quando, na verdade, são uma maioria silenciosa e acuada.

Qualquer pessoa pode ser vítima desse fenômeno social. Os políticos principalmente, pois baseiam os seus atos, suas opiniões e ações naquilo que ele sente ser a “vontade” da maioria. E, se ele só enxerga os ruídos dos barulhentos, vai pautar a sua ação política nesse “barulho”.   

Portanto é preciso mostrar para esses políticos e outros atores da nossa sociedade que nós, liberais, conservadores, cristãos de toda ordem discordamos deles. E que nós não somos uma minoria. E que nós temos voz no meio de uma maioria. E que nós podemos ser o elo entre as ações deles e a expectativa da maioria da nossa sociedade. 

A certeza de que somos uma maioria nessa sociedade brasileira foi revelada quando essa sociedade, mais do que elegeu, clamou a instar, para ocupar o poder, uma voz que se rebela contra toda essa agenda de desconstrução que há anos pauta a agenda do nosso país. Nós não somos “Bolsonaro”. Bolsonaro é somente o nosso livro de compromissos. A agenda moral, ética, cristã e conservadora de nossos costumes no poder. Nosso compromisso é com essa agenda. Enquanto ele levantar as nossas bandeiras terá nosso apoio. E assim será com qualquer outro. 

Devemos entender que, como disse o filósofo e jornalista José Ortega Y Gasset, “o homem é o homem e as suas circunstâncias”. E, sendo assim, as nossas atuais circunstâncias nos obrigam a dar a “vez” para quem está ecoando a nossa “voz”.

OBJETIVOS DO MOVIMENTO

Mostrar que existimos, fazendo escutar a nossa voz e as nossas ideias. É um bom começo.

Sabemos que só conseguiremos isso se tivermos a força para sermos um instrumento de formação de opinião. Conseguiremos isso quando buscarmos ocupar os espaços da mídia por onde passar os olhos de uma elite da sociedade. Quando utilizarmos de meios e métodos de marketing e divulgação onde fique estampada a nossa indignação e condenação de ações nocivas ao modelo de sociedade que acreditamos. 

Nossas ações não tem o mesmo modelo de outros movimentos. Vários movimentos, principalmente da esquerda progressista, têm no seu gene ideários políticos. Possuem ideologia “Ideacional e Ativa”. Nós teremos como ideal a manutenção dos nossos valores. Sem ideologia. Nós teremos ideologia “Posicional e Reativa”. Isto é, temos posições e vamos reagir quando elas forem atacadas. Tal qual definiu Samuel Huntington em seu ensaio “Conservatism as na Ideology” (Conservadorismo como Ideologia). 

Quando manifestamos as nossas ideias não o fazemos simplesmente para convencer quem discorda de gente. Fazemos para que a maioria que pensa como nós não se sinta sozinha. Que se sinta representada. Que adote a nossa garganta para dar som e volume ao seu grito. De indignação, repúdio e condenação a uma agenda que não nos representa.

PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DO MOVIMENTO

O movimento que se pretende organizar deve ser pautado por um arcabouço de princípios inarredáveis. Princípios pétreos sobre os quais se fundamentam nossas ações e nossas bandeiras.  Tais como:

– Contra o aborto.

– Contra a ideologia de gênero.

– A favor da Escola Sem Partido.

– Defesa dos valores conservadores na organização da sociedade.

– Defesa de um estado mínimo.

– Visão liberal da economia.

– Contra o comunismo, o socialismo e todos os modelos de sociedade que ferem as liberdades individuais.

– Contra as agendas do feminismo que atacam a dignidade da mulher e da organização familiar.

– Defesa do direito de os pais educarem e ensinarem os filhos como e onde entenderem melhor.

– Combate a pedofilia e toda a perversão que vem junto com a ideologia do “poliamor” como identificado atualmente.

– Combate a agenda da Nova Ordem Mundial que avança sobre as nações e sociedades modernas.

– Defesa do meio ambiente fora da agenda enganadora do discurso mundial.

– Defesa de políticas sociais que acolham os irmãos mais necessitados e em condições de escravidão na sociedade. Políticas que visem tirar as pessoas da sua condição de pobreza e não as manter como mendigos, mas com liberdade de construir uma vida digna e livre nas suas opções. 

MOVIMENTO ENDIREITA BRASIL SUL – MEB-SUL 2022