Não me preocupo com os fanáticos, raivosos e apaixonados. Esses se fazem conhecer e para muitos desses não há o que fazer. Pois fanatismo é uma adesão cega e uma dedicação apaixonada por alguém ou por alguma coisa. Não existe espaço para a razão.
O que deve ser motivo de preocupação é o pessoal do “sofá”. Essa turma tem decidido de forma trágica muitas eleições na América do Sul e nós não estamos livres dos estragos que os “isentões” provocam. No Chile a abstenção foi de mais de 45%.
Esses últimos agem como se uma eleição fosse um ato de ir à feira comprar frutas, como disse o jornalista Percival Puggina. Só que não é.
Escolher um Presidente é escolher quem será o comandante do navio que conduzirá o seu futuro. A sua vida.
Na polarização que vivemos atualmente temos dois projetos bem distintos de “destinos”. Dois projetos de Brasil.
Um candidato à comandante do navio já esteve nesse posto. Recebeu o navio abastecido, com os cofres cheios. Surfou na onda de uma economia mundial pujante. Conduziu o navio num trecho de águas calmas e com ventos favoráveis nas velas. Todos se deliciaram pela tranquilidade da viagem, com belas paisagens, com canapés no convés e banho de sol junto à piscina. Depois ferrou com tudo.
Estava tão calmo e tranquilo que esse candidato a comandante largou o timão nas mãos de uma aventureira tresloucada e irresponsável. Uma “pirata” que estocava vento, homenageava a mandioca e enxergava um cachorro em cada criança. E que prometia dobrar uma meta que não existia. Nada a estranhar, considerando que o seu mentor ensinava que o problema da poluição do mundo era porque ele era redondo… Lembram dessa aula?
Ninguém nunca parou pra pensar naqueles dias: – mas pra onde o nosso navio está sendo dirigido? Qual o nosso destino?
Foi quando a embarcação alcançou águas profundas, fortes correntezas e ventos adversos. O barco começou a balançar e fazer água…
Só então as pessoas pararam para pensar que os comandantes do navio imprimiram velocidade imprópria e gastaram mais combustível do que podiam. Rumaram para áreas inóspitas onde as leis da física econômica mundial revelavam um oceano de regras que não permitiam aquela condução. Navegamos rumo ao caos…
Em tempo os brasileiros, até o pessoal do “sofá” – que deixaram tudo isso acontecer- na eminência de naufragar, deram um basta. O motim nos salvou.
No outro polo dessa disputa temos um outro candidato. Que foi quem tomou o timão no momento mais difícil da viagem.
O atual comandante, que se dispõe a seguir no posto de comando, tirou a embarcação do redemoinho econômico, da estagnação de trajetória, apontou o navio para as coordenadas corretas de um destino seguro.
Esse condutor não teve paz um só instante. É atacado diuturnamente pelos piratas que insistem em colocá-lo na prancha e jogá-lo ao mar. Para voltar a saquear os passageiros.
Enfrentou a maior crise sanitária que a humanidade viveu neste último século. Crise hídrica que comprometeu a produção de energia. Enfrenta os reflexos de uma guerra que bombardeou a economia mundial. A maior inflação e recessão das ultimas décadas nas américas ou na Europa.
Contudo, ele segue firme com as mãos no timão. Sem sair do foco e do rumo.
É como pilotar uma motocicleta em alta velocidade, em meio a um pesado trânsito, com um enxame de abelhas africanas a lhe atacar. Ferrão em forma de faca…
As bases de um novo Brasil foram plantadas. Um governo que se faz pequeno para que os brasileiros se tornem grandes. Alforriados do açoite de um Estado carrasco. Para tanto diminuiu ou zerou impostos de mais de 700 produtos e/ou atividades. Continua tirando o Estado das costas dos brasileiros.
Aprovou o novo marco regulatório do saneamento básico. Um sonho de menino do nosso país. Não existe povo rico e digno sem água e esgoto na sua porta. O Brasil está pronto para essa maioridade.
As fundações de uma nova infraestrutura de transportes e logísticas foram concretadas. Rodovias, hidrovias, ferrovias e aeroportos estão tornando o Brasil um adulto no mundo das nações mais desenvolvidas do mundo. Já passamos da posição 13º (observe o número…) para a 9ª posição da economia mundial.
O Brasil começou a servir aos brasileiros e não a elite de Brasília. Os mais humildes deixaram de ser invisíveis e passaram a ser tratados como cidadãos. Com conta no banco ou com renda mínima. Como nunca antes na história desse país…
Bem, agora vem a pergunta. Para o pessoal do sofá. Se você está “dentro” desse navio, para qual comandante quer entregar o timão? Para os piratas que já dizem para onde pretendem levar o “SEU” navio? Para o agigantamento das suítes de comando, para o crescimento das áreas vips, para o direcionamento de recursos e riquezas à uma elite? Ou manter o novo mapa de navegação que já mostrou ser capaz de cruzar tempestades e, mesmo assim, rumar para um porto seguro? O seu futuro.
“A conduta de ‘isentão’ não isenta ninguém de pagar a conta” (Jornalista Percival Puggina). E pode ter certeza. Quando ela bater à sua porta, você terá que se levantar do sofá e pagá-la.
Vai pagar pra ver?
Luís Fernando Galvão
Presidente do MEB-SUL